quinta-feira, 13 de maio de 2010

18 de Maio de 1973 - Araceli, Vítima da Crueldade


Araceli Cabrera Sanches Crespo, oito anos, desapareceu quando regressava do Colégio São Pedro, para a sua residência, em Vitória, Espírito Santo. Trajava vestido azul com blusa de manga, com as iniciais SP em vermelho. Seu pai, Gabriel Sanches Crespo, pensando tratar-se de sequestro, distribuiu fotografias da filha aos jornais com o anúncio acima. No dia 24 de maio, seu corpo, desnudo e desfigurado com ácido, foi encontrado em um terreno baldio, junto ao Hospital Infantil de Vitória.

Depois que o sargento José Homero Dias, quando estava prestes a esclarecer tudo, fora morto com tiros nas costas, o caso ficou por algum tempo esquecido. Clério Falcão, na época vereador que se elegera com a promessa de levar o caso Araceli até o fim, conseguiu a constituição de uma CPI na Assembléia Capixaba. A comissão concluiu que houvera omissão da polícia local, interessada em manter distantes das suas investigações os reais assassinos que eram figuras de prestígio. O crime repercutiu em todo Brasil, exigindo a devida apuração e a punição dos culpados.

A testemunha chave do caso foi Marisley Fernandes Muniz, antiga amante de Paulo Helal, que declarou que Araceli fora violentada e dopada com forte dose de LSD, à qual não resistiu. Dona Lola Cabrera Sanches, mãe de Araceli, também estava envolvida no crime.
O corpo de Araceli permaneceu no IML até outubro de 1975, quando foi enviado para autópsia no Rio de Janeiro, sendo sepultado no ano seguinte em Vitória. O perito carioca, Carlos Eboli, constatou que a causa mortis fora intoxicação exógena por barbitúricos, seguida de asfixia mecânica por compressão.Os mais competentes advogados de Vitória foram contratados para destruir as provas do crime. Dezoito anos depois, crime sem culpados
Por trás do assassinato de Araceli se esconde uma vasta rede de traficantes e consumidores de cocaína, que já agiam na rota Brasil - Bolívia desde 1968. A mãe de Araceli, Lola participava do tráfico como transportadora da droga, e posteriormente como "contato" em Vitória, no Espírito Santo.
Sete anos após o assassinato de Araceli, o juiz Hilton Sili condenou Paulo Constanteen Helal e Dante Brito Michelini a 18 anos de reclusão, e Dante Micheline a 5 anos. Os empresários recorreram, e em 1991 os três condenados foram considerados inocentes. Lola desapareceu de Vitória em 1981.
Fonte: www.jblog.com.br

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mamãe Querida


Mãe carinhosa, mãe dengosa

Mãe amiga, mãe irmã

Mãe sem ter gerado é a mãe de coração


Mãe solidão,

Mãe de muitos,mãe de poucos

Mãe de todos nós,Mãe das mães

Mãe dos filhos

Mãe-pai: duas vezes mãe


Mãe lutadora e companheira

Mãe educadora,mãe mestra

Mãe analfabeta, sábia mãe

Mãe dos simples e dos pobres

Mãe dos que nada têm e dos que tudo têm

Mãe do silêncio, mãe comunicação


Mãe dos doentes e dos sãos

Mães dos que plantam e dos que colhem

Mãe de quem nada fez e de quem compra feito


Mãe de quem magoou e de quem perdoou

Mãe rica, mãe pobre

Mãe dos que já foram, mãe dos que ficaram

Mãe dos guerreiros e dos guerreados


Mãe que sorri, mãe que chora

Mãe que abraça e afaga

Mãe presente, mãe ausente

Mãe do sagrado, mãe da luz

Mãe de Jesus e mãe nossa.

Mãe, simplesmente mãe.