quinta-feira, 17 de setembro de 2009

1.198 crianças vítimas de violência em Pernambuco

De acordo com a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente
(GPCA), 1.198 crianças e adolescentes foram vítimas de violência em Pernambuco, de janeiro a maio. Para mudar esse quadro e garantir os direitos dos menores de 18 anos do Estado, cerca de 800 representantes de organizações não governamentais, gestores públicos e crianças e adolescentes se reuniram para definir uma política estadual para infância e adolescência durante a VIII Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, que está sendo realizada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca/ PE), no Centro de Convenções, em Olinda. O evento teve início ontem e será encerrado hoje.
Segundo a presidente do Cedca/PE, Rosa Barros, foi decidido se fazer um plano decenal porque o prazo dos planos anteriores, sempre de dois anos, era muito curto. “Quando fomos avaliar o plano de 2003 quatro anos depois, vimos que 95% das ações definidas não haviam sido implementadas, mesmo se passando o dobro do tempo. Então, resolvemos ampliar o prazo para dez anos”, explicou. Ela informou que o plano terá cinco eixos: promoção e universalização dos direitos em um contexto de desigualdades; proteção e defesa no enfrentamento das violações de direitos humanos de crianças e adolescentes; fortalecimento do sistema de garantia de direitos; participação de crianças e adolescente nos espaços de construção da cidadania e Gestão da Política. No final dos trabalhos da Conferência, será apresentada a delegação que representará Pernambuco na Conferência Nacional. De acordo com o Conselho Nacional dos Dirietos da Criança e do Adolescente (Conanda), o Estado terá direito a levar 57 delegados (adultos e jovens). A representante da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Cícera Moraes, comunicou que o Governo Federal vai investir esse ano R$ 2,9 bilhões na agenda da infância e da adolescência em todo o País. “A intersetorialidade será estimulada. Catorze ministérios, como o da Educação, Saúde e Justiça, terão que sair de suas ‘caixinhas’ e dialogar, se articulando para criar estratégias que assegurem os direitos das crianças e adolescentes. E também pretendemos pactuar mais com os estados e os municípios”, detalhou. Para o conselheiro tutelar do município de Glória do Goitá, na Zona da Mata do Estado, Márcio Santana, a iniciativa é necessária. “Os anos passam e as propostas não são postam em prática. A situação do conselho é precária, faltam equipamentos e condições de trabalho”, disse.

Fonte: Publicado na Folha de Pernambuco Quarta-feira: 16/09/2009 caderno Grande Recife
Contagem é referente a cinco meses de janeiro a maio - deste ano

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